Três pequenos poemas de amor e impulso
Orvalho
Olhos castanhos a incendiar orvalhos
Ditosos a espreitar astuto a boca que o chama
Em noites de incessante encantamento
Soltos no lavrado, correndo gostosos
Pelados um para o outro, sem sobrenomes
Encontro
Que tua alma encoste sem querer na minha
Passeando completas e cheias de ânimo
Sob luares sem precedentes
Muito perto
Me dê de presente a sua presença
Sentindo com todos os cinco sentidos e meio ou seis
Ouvindo meu murmúrio de mulher doida
Vendo meus cílios cerrados
Podemos acender um incenso para garantir que estamos sentindo o mesmo cheiro
Mantenha suas mãos fixas em toda extensão da minha pele
Lamba meus dedos devagar
E me deixa sentir a energia emanada de todo esse enrosco